Continuando.... Pint of Science!

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Fonte: Giphy

Olá pessoal!
Estamos aqui novamente para continuar a semana do evento destacando os melhores momentos, com comentários sinceros de Larissa e Ayrton que participaram do segundo dia. Mas se você perdeu a primeira parte onde contamos sobre a origem do evento e a sua disseminação aqui no Brasil, confira aqui.
Are U ready (você está pronto)? 💃


Terça feira  
2- Neutrôns que não sabem nadar e insetos comestíveis, no Bar da Avareza.

- Por que a escolha?

Fiquei curiosa com o título 'Neutrôns que não sabem nadar' (algum Neutrôn nada? kkk) e sempre tive vontade de comer inseto (vocês devem me achar bizarra, mas logo mais tem explicações sobre isso), mas nunca tive a oportunidade e vi nesse evento a minha chance. Outro ponto que me fez escolher essa palestra foi o local, pois o bar é localizado na rua Augusta, o que é muito acessível para mim (adoro essa rua e gosto de sempre estar conhecendo um barzinho novo por lá).

- Como Chegar lá? Como era o Bar?

Foi muito fácil chegar lá, foi só descer a estação Consolação, e para quem conhece melhor a rua Augusta, o bar fica só um pouco mais para baixo da balada Blitz. O bar tinha um palco central com o nome do estabelecimento, nas paredes tinham estantes feitas com caixa de madeira pintadas e dentro delas estavam objetos antigos: brinquedos, utensílios de cozinha ou de casa mesmo. O evento foi organizado pelos pesquisadores/colaboradores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN/USP) e o Instituto de Física da Usp (IFUSP). 


Foto autoral. Local no dia do evento, todo preparado e caracterizado.


Pedimos para comer o hambúrguer da casa, que não vou lembrar o preço agora, mas achamos em conta e muito saboroso, acompanhado de onion rings e uma sobremesa, como vocês podem ver abaixo. É importante avisar que o bar trabalha com cervejas artesanais, para saber mais sobre os nomes e ingredientes dos quais são feitas, clique aqui. 


Foto autoral. Adoramos o lanche do local e a opção de pedir como acompanhamento onion rings.


- Resumo do Evento

Achei o clima aqui bem mais descontraído, no início teve um show ao vivo de um artista cantando e tocando músicas de rock clássicas nacionais e internacionais com seu violão. Tinham muitos pôsteres e banners para identificar e divulgar o evento naquele bar em vários lugares, além de folhas plastificadas nas mesas e projeções nos telões laterais.

O evento contou com a participação dos físicos Marcos Carvalho, Maria Elisa Rostelato, e o pesquisador Jorge Sarkis, os três foram conversando com o público como se fosse um bate papo, um complementando a fala do outro com seus conhecimentos específicos. Focaram no reator que existe no IPEN, o qual é utilizado para pesquisas, principalmente para medicina radioativa, mas não para gerar energia. Apresentaram o iodo 125 que é utilizado para matar células localizadas de pessoas com câncer de próstata e oftálmico em terapias, e também como biomarcador, marcando as células cancerosas das mamas, no caso de pessoas com câncer de mama.

O reator presente no IPEN, conhecido como IEA-R1, fica dentro de uma piscina de 9 metros de profundidade, submersa por água, o núcleo do reator fica a 7 m de profundidade, o combustível utilizado nesse reator é o urânio, Esse elemento radioativo libera nêutrons, gerando calor e radiação. Então a brincadeira com o nome da palestra é justamente essa, pois os nêutrons liberados no reator, estão submersos na água.  Para mais informações do reator, visitem a página do IPEN.

Foto autoral.
Larvas secas de Tenebrio. 
Para complementar esse grupo de profissionais, Casé Oliveira que é biólogo e gastrônomo, apresentou com muita prioridade sobre o uso de insetos na culinária, vantagens na alimentação, assim como uma forma sustentável de produção de proteína animal. Se pararmos para pensar: os insetos necessitam de uma pequena fonte de alimento e água, Casé deu o exemplo de um pedaço de chuchu, outras vantagens é que precisam de um local pequeno para criação, e sua reprodução gera descendentes em grande quantidade. O conteúdo proteico desses bichinhos é alto, se comparada com a grama de carne de outra origem, (quer aumentar a massa magra e ficar marombado? É mais fácil se você se alimentar mais de carne de inseto do que outro tipo de carne 😮). Ele disse que o uso de insetos na alimentação tanto na Europa e EUA é bem difundido, o qual movimenta bilhões de dólares por ano, assim como essa ideia sustentável acerca da produção. E como eu estava em Portugal ano passado, eu vi vendendo nos mercados salgadinhos/snacks de insetos, assim como já vi amigos comendo também. Mas sinceramente aqui no Brasil acho difícil essa ideia pegar, porém eu gostaria.
O mais legal foi ao final do seu discurso poder experimentar torradinhas com larvas sequinhas do Besouro do gênero Tenebrio e o próprio Besouro. Eu sempre quis experimentar por todas essas questões e também por curiosidade, e posso falar que gostei, não senti gosto de nada, só do patezinho que estava acompanhando a torrada.

Segunda opinião: Ayrton Carvalhedo
"Esse evento contou com a participação de mais um membro deste blog. O título inusitado nos chamou muito atenção, assim como a Larissa contou. E a curiosidade de finalmente experimentar petiscos a base de inseto, nos atraiu mais ainda. Sim, somos meios loucos! Biólogo que fala né...

E não me arrependi de ter escolhido esse tema, dentre vários que estavam disponíveis, na própria rua Augusta. O bate papo sobre os avanços que o IPEN tem alcançado no tratamento de câncer, utilizando radiação, é impressionante. E vale a pena mencionar, que qualquer pessoa, preferencialmente maior de 18 anos, pode visitar o reator que fica no Instituto. E vale outro aviso, cuidado com o celular quando for tirar foto do reator, pois há muitos relatos de queda de celulares no tanque... esses nêutrons são muito safadinhos! E uma vez que caiu, forte abraço. Já vai encomendando outro celular.


Complementando a experiência de como foi comer larvas, realmente não há gosto estranho, apenas do tempero que o acompanha. Acho que o maior desafio é romper a barreia de que você está colando um inseto na boca, que geralmente associamos a coisas ruins, principalmente as larvas. Mas vá na coragem sem medo de ser feliz. As larvas tem consistência de batatinha palha (neste momento, ou eu te convenci a tentar provar os petiscos de larva, ou fiz você parar de comer batalha palha), já que as larvas são fritas... ou torradas... fica ai a dúvida, precisamos falar com o Casé mais sobre esses detalhes! ".


Foto autoral. Os quatro palestrantes/especialistas da noite.


+ info: https://pintofscience.com.br/event/por-dentro-da-energia-nuclear-do-reator-ao-cncer

→ Bibliografia

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