Dia do biólogo - um pouco da história no Brasil
Historia da Profissão Biólogo no Brasil
A profissão foi instituída no Brasil há mais de 80 anos com o primeiro curso, na época denominada História Natural. E nessa matéria vamos abordar os principais acontecimentos para o reconhecimento e legalização da profissão no Brasil e também porque o curso não é mais chamado de História Natural.
Figura 1: O biólogo pode estudar desda célula unicelular de um individuo até as complexas relações ecológicas dos organismos que vivem no meio ambiente. |
O dia do biólogo
O dia 03 de setembro é
uma data de comemoração para a biologia, pois, no Brasil, é comemorado anualmente
o Dia Do Biólogo. Profissionais que se dedicam ao estudo e pesquisa sobre todos
os seres vivos, desde a sua origem, evolução, funções, estruturas e etc. O
biólogo pode atuar em diversos segmentos como: Meio ambiente e Biodiversidade;
Saúde; Biotecnologia e Produção; Ecologia e preservação ambiental; Educação e
entre outras áreas.
Vamos falar um pouco de história agora.
Figura 2: Ex Presidente João Baptista Figueiredo |
A exatamente 39 anos
atrás no Brasil, em 03 de setembro de 1979, a lei de nº 6.684 foi sancionada
pelo então Presidente da Republica João Baptista Figueiredo e
junto dela, foram criados o Conselho Federal de Biologia e os Conselhos
Regionais. Em celebração a esta conquista, o Dia do Biólogo foi instituído
exatamente na mesma data de criação desta lei. Mas a profissão do biólogo, já
existia antes mesmo desta data, e era denominada de “Naturalista”. O surgimento
da profissão no país se deu à algumas décadas anteriores, exatamente no ano de
1934 com a fundação da Universidade de São Paulo (USP) e junto dela foi criada
a seção de Ciências que era constituída pelas seguintes Subseções: Ciências
Matemáticas; Ciências Físicas; Ciências Químicas; Ciências Naturais; Geografia
e História; Ciências
Sociais e Políticas. A Subseção de Ciências Naturais se
dedicava a estudar a mineralogia e geologia, botânica geral, fisiologia
vegetal, zoologia geral, fisiologia geral e animal, e biologia geral.
As Ciências Naturais
eram responsáveis pelo curso de História Natural, que visava à formação de
professores para o curso secundário e de especialistas. Nesta época a USP para
a implantação das áreas de Química, Física, Geologia, Mineralogia, Zoologia e
Botânica, contratou docentes europeus, principalmente da França, Itália,
Portugal e Alemanha. Com a intenção de já em seus primórdios, criar grandes
laboratórios de debates culturais, literários e políticos, estabelecendo as
diretrizes para o desenvolvimento do curso na USP.
Figura 3: Prédio da USP em 1934. |
Figura 4 - Gustavo Capanema assinando a reforma. |
Já em 1950, ocorreram
significativas alterações na educação nacional. Durante a Reforma Capanema,
nome dado em razão do ministro da educação e saúde pública ser, naquela
época, o
advogado e político Gustavo Capanema, foi promulgada a Lei Orgânica do
Ensino Secundário (Brasil 1942). E a reforma recebeu a fase escolar, que hoje
denominamos de Ensino Fundamental II e compreende os terceiro e quarto ciclos,
atendendo aos alunos da faixa etária ideal entre 11 e 14 anos, que
denominava-se Curso Ginasial. Após concluído o Curso Ginasial, o aluno estaria
apto para prosseguir estudos no segundo ciclo do Ensino Secundário, na época
denominado Ensino Colegial e desenvolvido em três anos, como ocorre atualmente
com o Ensino Médio, com algumas ressalvas, especialmente relacionadas à forma
de ingresso e às diferentes modalidades que possuía o então Ensino Colegial.
Figura 5 - Simbolo da Ciências Naturais. |
O Curso Ginasial
contemplava o ensino de Línguas (Português, Latim, Francês e Inglês), Ciências
(Matemática, Ciências Naturais, História Geral, História do Brasil, Geografia
Geral e Geografia do Brasil) e Artes (Trabalhos Manuais, Desenho e Canto
Orfeônico). Surge, neste período, a disciplina de Ciências Naturais na
legislação brasileira. É importante ressaltar que, apesar de o Curso Ginasial
ser estruturado em quatro anos de duração, a disciplina de Ciências Naturais
era apresentada apenas nos dois últimos anos.
Figura 6 - Logo IB USP. |
Em 1969 ocorre a
Reforma Universitária e a consequente reestruturação da USP, a Reforma cria os Institutos de Biociências (IB), de Física (IF), de Química (IQ) e de
Geociências e Astronomia (IGA) e a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH). A nova FFLCH é transferida da rua Maria Antonia para a Cidade
Universitária e passa a desenvolver os cursos de Filosofia, Letras, História,
Geografia e Ciências Sociais. Os recém-criados IB, o IF, o IQ e o IGA passam a
desenvolver cursos relacionados às suas especialidades, alguns que já
existentes e consolidados, como Ciências Biológicas, Física, Química e
Geologia. Os motivos da reforma se dá principalmente pelos conflitos e
manifestações estudantis de 1968, durante o período da ditadura militar.
Figura 7 - Cidade universitária (USP), 1969. |
Figura 8 - Manifestações estudantis em 1968. |
Fim da História Natural
O curso de História
Natural no início da década de 1950, os alunos que finalizavam o terceiro ano
do curso de História Natural podiam fazer o curso de Especialização em
Geologia, com duração de dois anos (Tal especialização pode ter sido a semente
do curso de Geologia atualmente), e tal especialização começou a atrair cada vez
mais estudantes de história natural, e também os estudantes dos cursos de
engenharia para estudos do solo. E por conta dessa demanda, a especialização em
geologia começou a ocupar parte do palacete da Alameda Glete, onde já existia o
Departamento de Botânica que era responsável pelo curso de Historia Natural na
USP. Com o tempo o lugar tornou-se a sede do curso de Geologia, ainda sob a
responsabilidade da FFCL. Este conjunto de fatores enfraqueceu o curso de
História Natural e ocorre sua extinção, com o definitivo desmembramento em
Ciências Biológicas e Geologia, por meio do Parecer CESu nº 5/1963. Na
sequência de eventos, mais precisamente em abril de 1964, o Ministério da
Educação (MEC), por meio do seu Conselho Federal de Educação (CFE), aprovou o
Parecer CFE nº 30/1964, que estabeleceu o currículo mínimo para o Curso de
Ciências Biológicas (MEC 1997). E acrescentado a isso, como dito anteriormente
em 1969 ocorre a Reforma Universitária da USP , quando a formação em cursos
relacionados às Ciências Naturais, como Biologia, Física, Química e
Geociências, passam a ser realizadas nos institutos específicos de cada área.
Chega ao fim na USP, o curso de História Natural, substituído pelos cursos de
Geologia e de Ciências Biológicas, além da criação de outros cursos nos novos
institutos que surgiram no mesmo período.
Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 (LDB) de
1961 , reafirmou-se que o ensino de Ciências deveria ser obrigatório para todos
os jovens. A disciplina foi mantida na educação tal como originalmente
proposto, porém passou a ser oferecida desde a primeira série do então curso
ginasial, que antes era ofertado apenas nos dois últimos anos, e sua carga
horária passou a ser valorizada, com o aumento de conteúdo das disciplinas
científicas de Física, Química e Biologia. Foi por volta de 1965, que surgiu
oficialmente o curso de Licenciatura curta em Ciências Físicas e Biológicas
para o então 1º Grau (hoje, equivalente ao Ensino Fundamental II). Com a
aprovação da LDB de 1996, tornou-se obrigatória a formação de professores
somente em licenciaturas plenas. Dessa forma, as universidades não poderiam
mais oferecer graduações de curta duração.
E finalmente em 03 de setembro de 1979 como dito no inicio
do artigo, foi sancionada a Lei n.º 6.684, pelo então Presidente da Republica
João Baptista Figueiredo, que regulamentou a profissão de biólogo e criou o
Conselho Federal de Biologia (CFBio) e os Conselhos Regionais de Biologia
(CRBios), definindo-os, em conjunto, como Autarquia Federal com personalidade
jurídica de direito público, dotadas de autonomia administrativa e financeira e
mantidas por contribuições de cada profissional inscrito, quando de sua
habilitação para o exercício profissional, à semelhança dos demais conselhos
profissionais já existentes.
As Associações de Biólogos em atividade na época da
regulamentação da profissão convencionaram estabelecer a data da sanção dessa
Lei como Dia Nacional do Biólogo. Essa data tem significado especial, de uma
conquista resultante de intensos esforços realizados pelas Associações de
Biólogos do País, durante uma década aproximadamente, com trabalhos iniciados
pelo primeiro presidente da Associação Paulista de Biólogos (APAB) Dr. Paulo
Nogueira Neto e seus companheiros, junto às autoridades do Executivo e
Legislativo Federal.
A Lei n°6684/79 tornou legal o exercício profissional do
Biólogo, passando a compor o cenário nacional das profissões regulamentadas.
Dessa forma, o Biólogo deixou a clandestinidade, de cerca de quatro décadas. A
existência do CFBio e dos CRBios tem permitido ampliar a visibilidade do
Biólogo, junto à sociedade, como profissional das Ciências Biológicas nos mais
variados campos, notadamente, em análises clínicas, meio ambiente, saúde,
agricultura, educação, entre outros.
E para celebrar essa data especial para os biólogos e
futuros biólogos, iremos citar alguns brasileiros que se destacaram no mundo da
ciência em suas respectivas áreas.
Biólogos Brasileiros notáveis
Futuramente iremos escrever mais sobre esses Biólogos
brasileiros notáveis, mas para não deixar passar em branco, citamos alguns dos
que tiveram maior influência no mundo, com a área de atuação deles e suas
principais contribuições para as Ciências Biológicas. Entre eles estão:
Figura 9 - Alcides Carvalho. |
Alcides Carvalho (Botânico) – Desenvolveu tipos de café e
foi responsável por um banco de variedades de plantas.
Foi pesquisador chefe da seção de Genética do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que deu origem a praticamente todos os tipos de café cultivados atualmente no Brasil e a um dos bancos de variedades e espécies de café mais completos do mundo.
Figura 10 - Amílcar Vianna Martins. |
É considerado o maior colecionador de flebótomos (mosquitos hospedeiros intermediários) do continente americano. Quando menino, em Belo Horizonte, já colecionava pequenos animais e, devido ao interesse por Zoologia, acabou se formando em Medicina, na época, o curso mais próximo de sua área de interesse. O olhar de pesquisador o levou a identificar, pela primeira vez, a presença de medusas de água doce no Brasil e também a catalogar o primeiro caso de doença de Chagas da cidade de Bambuí (MG).
Figura 11 - Carlos Chagas. |
Carlos Chagas (Médico Bacteriologista) – Descobriu a doença
que leva o seu nome e mapeou a carta epidemiológica da floresta amazônica.
Seus estudos possibilitaram o avanço das práticas de prevenção e combate a doenças como a malária e a gripe espanhola.
Além de ter realizado diversos estudos sobre protozoários, e no campo da microbiologia.
Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Harvard, tornando-se o primeiro brasileiro a obter a condecoração. Chagas conquistou ainda os títulos de membro honorário da Société de Pathologie Exotique da França, da Royal Society of Tropical Medicine da Inglaterra e das Academias de Medicina de Paris, Bruxelas, Roma e Nova York.
Figura 12 - Carlos Chagas Filho. |
Carlos Chagas Filho (Biomédico) – Criador do Instituto de
Biofísica da UFRJ, adaptou métodos à pesquisa biomédica.
Exerceu importantes postos administrativos, no Brasil e no exterior, sempre ligados à sua área, trabalhando pela formulação de uma política científica nacional. Foi diretor da Divisão de Pesquisas Biológicas do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), de 1951 a 1954, e presidente da Academia Brasileira de Ciências, de 1964 a 1966. Chefiou organismos internacionais de pesquisa, como o Centro Nuclear de Porto Rico; foi secretário-geral da Conferência sobre a Aplicação da Ciência e da Tecnologia ao Desenvolvimento, em 1962-63; e presidente do Comitê Científico para a Aplicação da Ciência e da Tecnologia ao Desenvolvimento, de 1966 a 1970, ambos da Organização das Nações Unidas.
Figura 13 - Crodowaldo Pavan. |
Crodowaldo Pavan (Geneticista) – Um dos primeiros
pesquisadores em genética do Brasil, hoje reconhecido mundialmente.
Membro da delegação brasileira no comitê científico para estudos dos efeitos das radiações atômicas, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), Crodowaldo Pavan também presidiu a Sociedade Brasileira de Genética e foi coordenador geral do Programa de Integração Genética do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Figura 14 - Graziela Maciel Barroso. |
Graziela Maciel Barroso (Botânica) – Pesquisadora e
professora, foi a maior catalogadora de plantas do país.
Responsável pela catalogação de vegetais das diferentes regiões do Brasil, tem cerca de 25 plantas batizadas com seu nome e é responsável pela formação de gerações de biólogos.
A cientista também escreveu dois livros adotados como referência por cursos de botânica: "Sistemática de angiospermos do Brasil, em 3 volumes, e Frutos e sementes - morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas".
Figura 15 - Herman Lent. |
Herman Lent (Entomologista) – O maior catalogador de insetos
transmissores da doença de Chagas.
Sua principal contribuição como pesquisador veio do trabalho no Instituto Oswaldo Cruz, uma coleção de barbeiros que virou referência mundial e já tem mais de 24 mil espécies. Ao longo da carreira, publicou mais de 200 trabalhos. A entomologia fez parte de sua trajetória acadêmica como cientista e professor.
Figura 16 - José Moura Gonçalves. |
José Moura Gonçalves (Bioquímico) – Isolou uma proteína do
veneno das cascavéis e introduziu a bioquímica moderna no país.
O isolamento da crotamina - proteína tóxica do veneno das cascavéis - que contribuiu para a compreensão da constituição química dos venenos de serpentes e para o estudo dos efeitos desses componentes. Suas pesquisas ajudaram a implantar os conceitos da bioquímica moderna no Brasil.
Figura 17 - José reis. |
José Reis (Biólogo) – Tido com o pai da divulgação
científica no Brasil, foi fundador da SBPC.
Jornalista especializado em divulgação da ciência, editor e escritor. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Recebeu inúmeros prêmios durante sua vida e virou nome de
premiação, o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica,
instituído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
em 1978. Nomeia também o Núcleo José Reis de Divulgação Científica, de pesquisa
e educação, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Figura 18 - Oswaldo Cruz. |
Oswaldo Cruz (Médico Sanitarista) – Erradicou doenças
endêmicas como a peste bubônica, febre amarela e varíola no país.
Entre seus principais feitos estão o combate ao surto de peste bubônica no litoral paulista e a erradicação da doenças endêmicas no Rio de Janeiro. Por meio de suas pesquisas, desenvolveu vacinas que erradicaram as doenças que mais matavam, na época: febre amarela e varíola.
Figura 19 - Warwick Estevam Kerr. |
Warwick Estevam Kerr (Geneticista e Biólogo) – É o maior
especialista em genética de abelhas do mundo.
Engenheiro agrônomo, geneticista e biólogo, é considerado o maior especialista em genética de abelhas do mundo. Entre seus principais trabalhos, está a introdução no Brasil da abelha africana, em 1956. Posteriormente desenvolveu um novo tipo de espécie de abelha, denominada "africanizada", feita por meio de um híbrido das espécies européia e africana, mais dócil e grande produtora de mel. Kerr ficou conhecido internacionalmente em 1950, quando realizou um trabalho inédito sobre a determinação de castas em abelhas do gênero Mellipona (sem ferrão).
Figura 20 - Bertha Lutz. |
Bertha Lutz ( bióloga e ativista feminista) - Bertha atuou por quatro décadas como docente e pesquisadora no Museu Nacional no Rio de Janeiro.
Zoóloga de profissão, em 1919 tornou-se secretária do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O fato teve grande repercussão, considerando-se que na época o acesso ao funcionalismo público ainda era vedado às mulheres. Mais tarde, tornou-se naturalista na seção de botânica da mesma instituição. Em 1922, representou o Brasil na assembléia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, realizada nos Estados Unidos, sendo eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. De volta ao Brasil, fundou a Federação para o Progresso Feminino, iniciando a luta pelo direito de voto para as mulheres brasileiras. Ainda em 1922, como delegada do Museu Nacional ao Congresso de Educação, garantiu ingresso das meninas no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
PS: É com muito pesar, que recebemos a noticia do incêndio no museu, no dia 02 de Setembro de 2018, e perdemos obras e trabalhos científicos com valores inestimáveis.
Figura 21 - Helga Winge |
Helga Winge (Geneticista) - Pesquisa na área de genética e evolução de plantas neotropicais, recebeu inúmeros prêmios e homenagens ao longo de sua carreira.
Além de uma brilhante carreira como
bióloga, a doutora Helga também foi uma incansável docente, orientando, desde
1971, dissertações e teses no Curso de Pós-Graduação em Genética e Biologia
Molecular (UFRGS). Também participou da gestão universitária da Pós-Graduação
em Genética e Biologia Molecular da UFRGS. Tem uma longa atuação nas
instituições de fomento à pesquisa como membro dos comités assessores na área
de Ciências Biológicas: FAPERGS, FACEPE e CNPq. Foi presidente do Conselho
Regional de Biologia – 3º Região no triênio 1987/91.
Figura 22 - Sonia Dietrich. |
Sonia Dietrich (bioquimíca vegetal) -
Liderou a formação e foi a primeira coordenadora do curso de Pós-Graduação em biodiversidade,
o primeiro do país.
Trabalhou por toda a carreira (1959 a
1992) e posteriormente como Professora Visitante (de 1992 até a sua morte em
2012) no Instituto de Botânica de São Paulo, onde consolidou a liderança da
Seção de Fisiologia e Bioquímica de Plantas (hoje o Núcleo de Pesquisa em
Fisiologia e Bioquímica).
A sua liderança consolidou uma dos mais
fortes grupos de pesquisa em carboidratos de plantas do Brasil e formou
estudantes através dos programas de pós-graduação em Biologia Molecular da
Universidade Federal de São Paulo (então Escola Paulista de Medicina), Botânica
da USP e da UNICAMP, em todo o Brasil. Orientou 27 teses e dissertações ao
longo de 37 anos de carreira, produzindo 102 trabalhos científicos. Já
aposentada, Sonia Dietrich liderou a formação e foi a primeira coordenadora do
Curso de Pós-Graduação em Biodiversidade, o primeiro do país.
Curiosidades
- Juramento
O Juramento realizado pelo Biólogo é:
“Juro pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os
princípios éticos do Biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com
honestidade, em defesa da vida estimulando o desenvolvimento Científico,
Tecnológico e Humanístico com justiça e paz”. - Instituído pela Resolução
03/1997 do CFBio.
- Pedra e cor que representam a profissão
O tipo de pedra que representa a Biologia é a Água Marinha e
pode ser qualquer uma das suas várias tonalidades.
E a cor é a azul (sem uma tonalidade específica).
- O símbolo
Para quem não sabe o símbolo da Biologia representa um espermatozoide (em azul escuro e na ponta formando uma estrutura de dupla fita de DNA) fecundando um óvulo, significando o início de uma nova vida, sendo essa a principal protagonista nos estudos cotidianos dos biólogos: O estudo da vida nas suas mais diversas formas!
Simbologia das formas:
O círculo - União e perfeição (tudo que começa acaba em si mesmo);
Folhas na base do circulo - representa a natureza;
Espiral dentro da folha - símbolo de evolução e progresso.
Figura 23 - Simbolo da Biologia |
Essa foi uma forma que encontramos para homenagear esse dia tão especial na biologia, de maneira resumida, contar a História da Biologia no Brasil e a origem da profissão.
Parabéns a todos os profissionais da área da biologia, e continuem sempre dando o máximo para melhorar o mundo e para que convivamos de forma sustentável com ele.
Referências Bibliográficas
Lei de 1979 - Disponível em: link
História natural - Disponível em: link
Profissão Biólogo - Disponível em: link
Da História Natural a Ciências Biológicas - Disponível em: link
Cientistas Brasileiros notáveis - Disponível em: link
Juramento, cor e tipo de pedra do Biólogo - Disponível em: link
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